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      Estados Unidos registram onda de envio de mensagens de texto racistas com apoio à escravidão

      Vítimas de pelo menos 21 estados receberam instruções para se apresentarem em plantações de algodão, em uma referência à escravidão. Textos também cit...

      Estados Unidos registram onda de envio de mensagens de texto racistas com apoio à escravidão
      Estados Unidos registram onda de envio de mensagens de texto racistas com apoio à escravidão (Foto: Reprodução)

      Vítimas de pelo menos 21 estados receberam instruções para se apresentarem em plantações de algodão, em uma referência à escravidão. Textos também citaram futuro governo de Trump. Celular com aplicativos de redes sociais PA Media O FBI e outras autoridades dos Estados Unidos estão investigando o envio de mensagens de texto com conteúdo racista para negros de todo o país, nos últimos dias. De acordo com os relatos, as mensagens afirmam que negros deveriam ser escravizados. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Segundo a Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP, na sigla em inglês), o texto informava que os negros deveriam se apresentar em uma plantação para colher algodão, em uma referência ofensiva ao tempo da escravidão nos Estados Unidos. Pessoas em pelo menos 21 estados, como Pensilvânia e Carolina do Norte, receberam as mensagens de texto. Entre as vítimas estão estudantes do ensino médio e universitários. As informações são da imprensa norte-americana. Algumas mensagens instruíam o destinatário a se apresentar em um endereço em um horário específico “com seus pertences,” enquanto outras não informavam local. Alguns textos mencionavam o próximo governo dos Estados Unidos, que será presidido por Donald Trump. Tasha Dunham, moradora da Califórnia, disse que sua filha de 16 anos recebeu uma mensagem na quarta-feira (6). O texto tinha o nome da garota e orientava que ela se apresentasse em uma plantação da Carolina do Norte. O endereço indicado na mensagem era o de um museu. “Foi muito perturbador,” disse em entrevista à Associated Press. “Todo mundo está tentando entender o que isso significa. Então, eu definitivamente senti muito medo e preocupação.” Já o presidente da NAACP afirmou que esse tipo de ação não pode ser normalizada: “Essas mensagens representam um aumento alarmante na retórica vil e abominável de grupos racistas em todo o país". Donald Trump vence Kamala Harris e será o 47º presidente dos EUA Ainda não se sabe quem está por trás do ataque. A Comissão Federal de Comunicações (FCC) informou nesta sexta-feira (8) que está investigando os incidentes. Já o FBI disse que está ciente das mensagens de texto ofensivas e racistas e está em contato com o Departamento de Justiça e outras autoridades federais para tratar do assunto. A empresa TextNow afirmou que identificou uma ou mais contas em seu serviço de mensagens que enviaram textos ofensivos. Os usuários foram expulsos da plataforma pouco tempo depois do envio das mensagens. Ainda de acordo com a empresa, os textos foram disparados para operadoras de todo o país. A TextNow também se comprometeu a colaborar com as investigações. LEIA TAMBÉM Acusados por invasão do Capitólio esperam indulto de Trump VÍDEO: Trabalhador escapa por pouco de ser atropelado por caminhão nos Estados Unidos Congressistas da Bolívia aliados a Evo Morales jogam tomates para sabotar discurso do atual presidente Violência nas eleições Muitos membros da comunidade negra americana dizem que esperam um retrocesso nos direitos civis após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais. Durante a campanha, o republicano prometeu acabar com os programas federais de diversidade e inclusão. As eleições deste ano registraram o maior aumento de violência política nos EUA desde a década de 1970. Os casos incluem ataques racistas a apoiadores de Kamala Harris, de acordo com casos identificados pela Reuters. Kamala, que se tornou a primeira mulher negra a liderar uma chapa de um grande partido, também enfrentou ataques pessoais, inclusive de Trump. Sobre as mensagens de texto enviadas nos últimos dias, a campanha de Trump disse que não tem "absolutamente nada a ver" o caso. Já Robyn Patterson, porta-voz da Casa Branca, divulgou um comunicado condenando as mensagens de ódio. “O racismo não tem lugar em nosso país. Ponto final.” *Com informações da Reuters e da Associated Press. VÍDEOS: mais assistidos do g1