Deportações nos EUA atingem nÃvel mais alto desde 2014
Ao todo, 271 mil imigrantes foram enviados de volta no último ano fiscal. O documento foi divulgado nesta quinta-feira (19) pela agência de imigração e alfÃ...
Ao todo, 271 mil imigrantes foram enviados de volta no último ano fiscal. O documento foi divulgado nesta quinta-feira (19) pela agência de imigração e alfândega americana (ICE). Deportações nos EUA atingem nÃvel mais alto desde 2014 O governo americano deportou mais de 271. 484 mil pessoas entre o dia 1º de outubro de 2023 a 30 setembro de 2024, o maior número registrado em 10 anos. O documento foi divulgado nesta quinta-feira (19) pela agência de imigração e alfândega americana (ICE). Veja no vÃdeo acima. O aumento ocorre à s vésperas da posse de Donald Trump, que prometeu endurecer a polÃtica migratória e realizar deportações em massa (saiba mais abaixo). Aumento está ligado à fronteira com o México Os dados do relatórios mostraram que os imigrantes foram enviados para cerca de 200 paÃses. México, Guatemala, Honduras e El Salvador foram os paÃses com maior número de imigrantes em situação irregular. O recorde anterior, de pouco mais de 257 mil deportações, foi registrado em 2019, durante o governo Trump. Desta vez, o aumento é atribuÃdo ao crescimento de pessoas tentando entrar ilegalmente no paÃs pela fronteira com o México. O governo americano estima que, atualmente, 11 milhões de imigrantes vivem nos Estados Unidos em situação migratória irregular. Trump promete deportações em massa Donald Trump prometeu realizar deportações em massa quando tomar posse, no dia 20 de janeiro. A equipe de Trump já sugeriu publicamente a meta de deportar 1 milhão de imigrantes por ano, o que, ao longo de um mandato, seria equivalente a quase metade da população de Nova York. Especialistas alertam para o alto custo dessa medida. Segundo cálculos, seriam necessários cerca de 8 bilhões de dólares para viabilizar as deportações em massa, incluindo custos com investigações, prisões, detenções, processamento e transporte. Além disso, há preocupações com o impacto econômico. Setores como agricultura e hospitalidade, que dependem fortemente da mão de obra imigrante, podem enfrentar escassez de trabalhadores. Fazendeiros já pressionam o governo para poupar trabalhadores dessas áreas. Ativistas de direitos humanos também alertam que imigrantes de paÃses da América Central correm maior risco de deportação, pois paÃses como Honduras e Guatemala têm acordos de deportação com os Estados Unidos. Já paÃses como a Venezuela, que não aceitam o retorno de seus cidadãos deportados, podem dificultar o cumprimento da meta de Trump. Deportações nos EUA atingem nÃvel mais alto desde 2014 Reprodução/GloboNews