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      Cinco capacetes azuis da ONU ficam feridos no Sul do Líbano; ataque destrói prédio otomano

      Três civis foram mortos nos bombardeios desta quinta (7). Um bombardeio israelense aconteceu a pouco metros dos templos de Baalbek, listados pela Unesco. Um me...

      Cinco capacetes azuis da ONU ficam feridos no Sul do Líbano; ataque destrói prédio otomano
      Cinco capacetes azuis da ONU ficam feridos no Sul do Líbano; ataque destrói prédio otomano (Foto: Reprodução)

      Três civis foram mortos nos bombardeios desta quinta (7). Um bombardeio israelense aconteceu a pouco metros dos templos de Baalbek, listados pela Unesco. Um membro ferido da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) senta-se no chão após ser atingido no local de um ataque aéreo israelense na entrada norte da cidade de Sidon, no Sul do Líbano, em 7 de novembro de 2024 Mahmoud Zayyat/AFP Um bombardeio israelense matou nesta quinta-feira (7) três civis e feriu cinco capacetes azuis da Organização das Nações Unidas (ONU) no Sul do Líbano, informou a Agência France-Presse (AFP). Israel está intensificando os ataques contra redutos do grupo extremista Hezbollah, segundo a agência. Um bombardeio "do inimigo israelense" contra "um veículo" na entrada de Sidon, no Sul do Líbano, "provocou a morte de três passageiros", indicou o Exército libanês. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O ataque ocorreu quando "um comboio da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) passava por um posto de controle do Exército", detalhou. Três soldados libaneses ficaram feridos, e a Unifil relatou que cinco capacetes azuis sofreram "ferimentos leves". A Malásia informou que os soldados eram cidadãos do país e contabilizou seis feridos na explosão. "Este ataque reflete a persistência de Israel em atacar as forças da Unifil, o pessoal do Exército libanês e a população civil, o que constituem crimes de guerra e uma violação flagrante do direito internacional humanitário", denunciou o chanceler libanês, Abdallah Bou Habib. Questionado pela AFP, o Exército israelense não quis comentar o ataque. A força de paz da ONU foi implantada no Sul do Líbano em 1978, após a primeira invasão do sul do país por Israel. Membros da força de paz da ONU no local de um ataque israelense no Sul do Líbano, em 7 de novembro de 2024. Mahmoud Zayyat/AFP Proteger a história do Líbano Diante da multiplicação dos bombardeios, mais de 100 deputados libaneses pediram nesta quinta-feira à ONU que proteja os locais de interesse histórico e cultural do país. Em uma carta à diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Audrey Azoulay, os legisladores enfatizaram a "necessidade urgente" de proteger "a história do Líbano" e fizeram referência às cidades de Baalbek, Tiro e Sidon. Um ataque aéreo israelense destruiu um edifício da época do Império Otomano, no século 18, a poucos metros dos templos de Baalbek, listados pela Unesco, sendo o ataque mais próximo a um dos locais arqueológicos mais preciosos do Líbano até agora. Leia também: Segurança, guerras e atritos com Biden: por que Israel comemora vitória de Trump Bilionários e antigos aliados estão entre nomes cotados para novo governo de Trump nos EUA Alemanha mergulha em crise política que pode desintegrar governo Mais bombardeios Outros bombardeios atingiram nesta quinta a periferia de Beirute, bastião do Hezbollah, incluindo um que provocou danos leves nos prédios do aeroporto internacional da capital, segundo um representante do terminal. Israel bombardeia intensivamente seu vizinho Líbano desde 23 de setembro. Uma semana depois, iniciou uma ofensiva terrestre no sul do país, após quase um ano de confrontos fronteiriços entre o seu Exército e o grupo pró-iraniano Hezbollah. O objetivo declarado por Israel é permitir o retorno de 60 mil habitantes do norte que foram deslocados pelos incessantes disparos de projéteis do movimento islamista libanês. O Hezbollah abriu uma frente contra Israel um dia depois que a guerra estourou em Gaza, em 7 de outubro de 2023, entre o Exército israelense e o Hamas, em apoio a seu aliado palestino. Mais de 2,6 mil mortos Mais de 2,6 mil pessoas morreram no Líbano desde o início da escalada militar, em 23 de setembro, a maioria civis, segundo as autoridades libanesas. O Exército israelense continua os bombardeios contra o Hezbollah no Sul e no Leste do Líbano, onde indicou que atacou dezenas de alvos e eliminou cerca de "60 terroristas" em Baalbeck, e ao norte do rio Litani, a cerca de 30 km da fronteira israelense. O Hezbollah, que, segundo a agência, está enfraquecido, afirma que montou uma emboscada para as forças israelenses quando tentavam avançar para a cidade fronteiriça de Yarun, no Sul do Líbano.