Bombardeios israelenses deixam 14 mortos em Gaza e mais de 20 no Líbano
Exército de Israel afirma que ao menos 25 foguetes foram lançados do Líbano em direção ao norte do país neste sábado (9). Palestinos são mortos em ataq...
Exército de Israel afirma que ao menos 25 foguetes foram lançados do Líbano em direção ao norte do país neste sábado (9). Palestinos são mortos em ataques no norte e sul de Gaza A Defesa Civil da Faixa de Gaza afirmou neste sábado (9) que 14 pessoas foram mortas em dois bombardeios israelenses. Um ataque israelense no Líbano também deixou mais de 20 mortos. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Na Faixa de Gaza, o primeiro ataque com mísseis do dia ocorreu na escola Fahad al Sabah, que foi convertida em um centro de acomodação de emergência, disse Mahmud Bassal, porta-voz da Defesa Civil de Gaza, em um comunicado. O outro ataque aéreo ocorreu em um campo com "tendas para pessoas deslocadas em Khan Yunis", no sul da faixa. Segundo autoridades palestinas da saúde, ataques israelenses mataram 44 pessoas nas últimas 24 horas. Israel está em guerra com o Hamas em Gaza há mais de um ano, quando o grupo islamista palestino lançou um ataque sangrento no sul de Israel que deixou 1.206 mortos, a maioria civis. Palestinos observam local que foi alvo de ataque israelense em Khan Younis Hatem Khaled/Reuters Simultaneamente, trava uma guerra no vizinho Líbano, desde setembro, contra o movimento islamista Hezbollah, um aliado do Hamas. Leia também: Quase 70% dos mortos verificados na guerra de Gaza são mulheres e crianças, diz ONU Torcedores israelenses são agredidos em confusão após jogo de futebol na Holanda Onde foi parar menina fotografada em meio a dezenas de homens detidos em Gaza Mais de 43.550 pessoas foram mortas na ampla ofensiva militar de Israel em Gaza em resposta ao ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, de acordo com o Ministério da Saúde na Faixa, que é governada pelo movimento islamista. O Exército israelense acusa os combatentes do Hamas e outros grupos armados palestinos de "violar sistematicamente o direito internacional (ao) usar os habitantes como escudos humanos". O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos divulgou um relatório na sexta-feira que afirma que as mulheres e crianças representam "quase 70%" das mortes na Faixa de Gaza entre novembro de 2023 e abril de 2024. Líbano O Líbano também foi alvo de ataques. Mais de 20 pessoas morreram depois de pesados bombardeios no subúrbio de Beirute. Prédios da capital também foram danificados. E ao menos 7 pessoas morreram na cidade de Tiro. O ministério da saúde libanês disse que os ataques israelenses mataram pelo menos 3.136 pessoas e feriram 13.979 no Líbano ao longo do último ano. O número inclui 619 mulheres e 194 crianças. Risco de conflito maior Teerã alertou, neste sábado, sobre o risco de que os conflitos em Gaza e no Líbano, onde Israel está em confronto com as organizações pró-Irã Hamas e Hezbollah, se espalhem para outras regiões do mundo. "O mundo deve saber que, se a guerra se espalhar, seus efeitos nocivos não se limitarão ao Oriente Médio", advertiu o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, em discurso transmitido pela televisão estatal. "A insegurança e a instabilidade podem se espalhar para outras regiões, mesmo distantes." Catar deixa de ser mediador Neste sábado (9), o Catar também se retirou como mediador entre Israel e o grupo terrorista Hamas após meses de esforços infrutíferos para pôr fim à guerra na Faixa de Gaza, disse uma fonte diplomática à agência AFP. O Catar afirmou que o escritório do Hamas em Doha, sua capital, "não tem mais razão de existir", acrescentou a fonte, sem dizer explicitamente se o escritório seria fechado. Um alto funcionário do Hamas disse à AFP que o movimento não havia recebido "nenhum pedido para deixar o Catar". "Os cataris informaram aos israelenses e ao Hamas que, enquanto os dois lados se recusarem a negociar um acordo de boa fé, eles não poderão mais desempenhar o papel de mediadores", disse a fonte diplomática sob condição de anonimato. "Consequentemente, o escritório político do Hamas (em Doha) não tem mais razão de existir", acrescentou. Juntamente com os Estados Unidos e o Egito, o Catar vem tentando, há meses, intermediar um cessar-fogo e um acordo para a troca de reféns e prisioneiros entre Israel e o Hamas, mas as negociações estão em um impasse. O Hamas e Israel acusam um ao outro de bloquear as negociações. Quase 70% dos mortos em Gaza são mulheres e crianças, aponta ONU